segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Contágio

      Quando vi nomes como os de Matt Damon, Marion Cotillard, Jude Law e Gwyneth Paltrow dentre outros formando o elenco do produção pensei comigo mesmo: “Vai ser um filmaço.”. A certeza aumentou ainda mais quando descobri que o diretor do filme era nada mais nada menos que Steven Soderbergh, responsável por sucessos como a trilogia de Onze Homens e Um Segredo e vencedor do Oscar 2001 de melhor diretor por Traffic. Mero engano, pelo menos em parte.

      O filme Contágio (Contagion) conta a historia de um vírus mortal que se alastra por todo o mundo e cuja forma de transmissão se dá através do contato direto com um infectado. Inicialmente o vírus se apresenta como uma gripe forte, com febre e dores na cabeça como principais sintomas, porém, rapidamente se alastra pelo corpo destruindo as células e levando o portador a morte em pouco tempo.


     A linha principal do filme começa mostrando a executiva Beth Emhoff (Gwyneth Paltrow) que após uma viagem de negócios a Hong Kong, retorna a sua cidade Minneapolis com uma breve parada de 5 horas em Chicago e ao se reencontrar com seu filho, fruto de um relacionamento anterior e o marido Mitch Emhoff (Matt Damon) começa a se queixar de sintomas de jet lag, uma fadiga de viagem motivada pelas alterações de fusos horários, até ter uma convulsão e ser levada para o hospital.

     Em paralelo, o blogueiro Alan Krumwiede (Jude Law) tenta convencer uma jornalista a dar a notícia de um vírus que vem sendo mantido em segredo pelas autoridades, mostrando um vídeo que caiu na internet onde um homem começa a ter convulsões dentro de um ônibus em Tóquio. Ao receber uma negativa, diz que a mídia impressa está falida e mostra que não vai parar enquanto não fizer com que a população descubra toda a verdade. E é realmente isso que ele vai fazer.

     Com casos se espalhando rapidamente pelas cidades de Minneapolis, Chicago, Londres, Paris, Tóquio e Hong Kong, a OMS em conjunto com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos começam a trabalhar para tentar decifrar o código biológico na intenção de criar uma possível cura. Cabendo ao Vice-Diretor Cheever (Laurence Fishburne) a responsabilidade de administrar a potencial situação de pânico na população. Para se interar do que esta acontecendo, Cheever envia uma jovem médica, a Dra. Erin Mears (Kate Winslet) para “campo” enquanto a representante da OMS, Dra. Leonora Orantes (Marion Cotillard) esta em Hong Kong, levantando informações através de uma rede de conexões que podem levar a descoberta da fonte do vírus que esta destruindo o mundo numa velocidade cada vez maior. Será que o vírus vai destruir todo o mundo? Será que a cura será encontrada? Essas respostas só serão dadas ao final do filme. É ver para crer.


     Não posso dizer que me decepcionei totalmente com o filme, mas realmente esperava mais ao analisar os talentos individuais do atores que compõe o elenco e o histórico do diretor do filme. Digamos que a produção segue uma velocidade de raciocínio que se iguala a um documentário, ou seja, nada de sequências ação. Em contrapartida, nos leva a raciocinar sobre como seria a vida da população mundial no caso de um vírus que se alastra em proporções maiores que os da gripe espanhola, mostrando que o preço da globalização não esta apenas na velocidade de compartilhamento de informações, mas também de doenças.

     É um filme complexo e lento, cujo talento dos atores não foi bem utilizado pelo diretor Steven Soderbergh, e tirando a atuação de Gwyneth Paltrow e Kate Winslet que se destacam dentre os demais, acredito que os custos das contratações não se revelaram úteis no desenvolvimento de uma produção com orçamento superior a US$ 60 milhões.

     Na minha opinião, é o tipo de filme que vale mais a pena esperar sair em DVD e assistir no aconchego do seu lar, pausando quando vezes forem necessárias para ir ao banheiro ou encher o copo de refrigerante do que assistir no cinema. Fica a dica!!!


Receita adicionada por Gourmet!!!

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