segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Rocha

Por Gourmet.

          Um diretor praticamente em início de carreira, um bom roteiro e três atores consagrados a frente de uma produção são os ingredientes certos para uma receita de sucesso não é mesmo?

          Claro que por várias vezes essa mesma receita inexplicavelmente acabou terminando em fracasso e o que não nos faltam são exemplos no decorrer da história do cinema. Porém, mesmo não se tornando um filme a altura de disputar um Oscar de Melhor Filme (se é que existe um padrão de qualidade pra isso), a minha indicação da semana, embora antigo, é uma excelente opção para uma bela sessão caseira de cinema.

          Estou me referindo ao filme A Rocha (The Rock) lançado em 1996 e que trazia Michael Bay na época um jovem diretor de 31 anos e que assinava apenas o terceiro filme de sua carreira à frente de um elenco encabeçado pelo vencedor do Oscar de Melhor Ator de 1995, por um dos indicados ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante de 1995 e por uma lenda do cinema cujo talento e capacidade são indiscutíveis. Esses atores são respectivamente Nicolas Cage (na sua fase mais áurea, que há tempos já se foi), Ed Harris e Sir Sean Connery.

          O filme conta a história do General Francis Hummel (Ed Harris), um herói da guerra do Vietnã que revoltado com o descaso oferecido pelo governo dos Estados Unidos para com as famílias dos soldados mortos em missões secretas durante os anos resolve montar uma equipe composta por militares desertores e alguns mercenários que dominam toda a Ilha de Alcatraz mantendo 81 pessoas reféns e com a posse de poderosas armas químicas apontadas para a Baía de São Francisco que serão disparadas a não ser que o governo deposite a quantia de US$ 100 milhões, quantia essa que na intenção de Hummel terá grande parte destinada a auxiliar as famílias que perderam seus entes. Com pouco tempo para resolver o problema, o governo monta uma equipe de elite cuja missão será invadir a ilha, desativar as bombas e resgatar os reféns.

          O Drº Stanley Goodspeed (Nicolas Cage) é um jovem especialista em armas químicas convocado para compor a equipe montada para invadir a ilha, porém, ele é um chamado um rato de laboratório, já que embora seja militar nunca havia feito uma atividade de campo desde os tempos de academia, mas que terá papel preponderante na missão já que será o responsável por desativar as armas químicas. Como pensa que se trata de um simples treinamento de rotina, Stanley que acabou de ficar sabendo que seria pai, pede que sua namorada vá até São Francisco e espere por ele, pois assim que o “treinamento” acabar poderão comemorar a gravidez inesperada.

          Por se tratar de uma antiga prisão de segurança máxima, nenhuma das plantas de Alcatraz é realmente capaz de demonstrar exatidão nas informações graças às várias obras e mudanças efetuadas com os anos em que foi mantida ativada. Assim, mesmo a contra gosto de Womack (John Spencer) que é componente da alta cúpula militar e diretor do FBI, selecionam o único homem que conseguiu fugir da Ilha de Alcatraz. Ele é John Mason (Sean Connery), um espião ex-MI6 tido como morto, mas que vinha sendo mantido preso ilegalmente numa cela escura e solitária durante décadas por ordens do próprio Womack.


          Como estamos falando de uma longa que traz Michael Bay na direção, não podemos esquecer que pelo menos uma perseguição de carros ele teria que colocar no filme já que é quase uma marca registrada. E é exatamente nessa produção que em minha humilde opinião, foi gravada uma das melhores sequências que ele já fez em sua carreira de diretor, com dois automóveis de tirar o fôlego, cortando as ruas de São Francisco em alta velocidade e destruindo quase tudo que estava pelo caminho quando Mason tenta fugir para se encontrar com sua filha que nem chegou a conhecer antes de ser preso.


          Ao entrarem na ilha, Mason e Stanley são testemunhas do massacre que sua equipe sofre, tornando-os a última esperança para a salvação dos reféns e de toda cidade São Francisco. Sozinhos e com muitas opiniões divergentes, eles se vêem diante do maior desafio de suas vidas já que devem salvar os reféns, desarmar as armas químicas e salvar toda população de São Francisco e em especial a namorada grávida de Stanley e a filha de Mason. Será que eles serão capazes de superar as adversidades e garantir o sucesso da missão?

          A produção que foi orçada em US$ 70 milhões e tem aproximadamente 130 minutos arrecadou no fim de semana de sua estréia a bagatela de aproximadamente US$ 25 milhões, atingindo um total aproximado de US$ 335 milhões tornando-o a sétima maior bilheteria de 1996 e colocou Michael Bay no hall dos grandes diretores de Hollywood. 



          Não poderia terminar o post sem falar da perfeita sincronia obtida em vários momentos do filme na parceria entre Sean Connery e Nicolas Cage que estava indiscutivelmente na melhor fase de sua carreira e que Connery além de se negar a utilizar dublês durante as cenas de ação, ainda fez com que a equipe de produção lhe providencia-se a instalação de uma cabine fixa dentro da prisão de Alcatraz para que o mesmo não tivesse que viajar todos os dias da ilha até o continente. Afinal de contas, moral não é pra quem quer e sim pra quem pode. E o eterno 007 com certeza pode. Confira o trailer abaixo e corra pra providenciar o filme. Eu garanto.






 



Um comentário:

  1. Indiscutivelmente um filme, que vale a pena a assistir, não somente uma vez, o roteiro é brilhante e atuação de Cage e Sean, dignas de filmes para entrar no Hall da fama

    Abs.
    Maximiliano Paz

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