quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Ilha do medo



Embora eu ache que Leonardo DiCaprio tenha tido uma excelente atuação no filme “Gilbert Grape – Aprendiz de sonhador”, de 1993, em que interpretou o autista Arnie Grape, eu acabei criando uma certa aversão ao ator depois que o assisti em “Titanic”; a quantidade de “Rose” que o ator pronuncia durante o filme me irritou profundamente. É por isso que sempre que um filme é estrelado por ele eu tenho um certo pé atrás e até demoro um pouco para me convencer a assistir.

 
Mas tenho que admitir que DiCaprio melhorou muito, e dá um show de interpretação no filme “A Ilha do medo” (Shutter Island), sendo por mim considerada a melhor atuação da carreira dele. Leo interpreta Teddy Daniels, um oficial da polícia, que junto de seu companheiro Chuck Aule (Mark Ruffalo), é chamado para investigar um suposto desaparecimento de uma paciente do hospício Shutter Island Ashecliffe Hospital, localizado em uma ilha em Boston. O suspense do filme, e o que mais intriga Teddy, é como a paciente poderia ter fugido de uma ilha fortemente protegida, o que o faz buscar mais fundo pelas respostas, mesmo com os médicos resistindo em lhe fornecer os documentos que possam permitir a abertura do caso. É nessa busca incansável que Teddy acaba descobrindo os segredos da ilha e o real motivo pelo qual foi chamado. Para completar um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.


 
O filme foi dirigido pelo talentoso Martin Scorsese e é baseado no livro “Paciente 67” do autor Dennis Lehanne (2003). Estreou em 2010, mas a história se passa em 1954, tendo nos figurinos a melhor caracterização da época. O trailer de lançamento, foi espertamente editado de forma a parecer um filme de terror, o que ocasionou um sucesso de bilheteria, principalmente entre o publico jovem, porém cenas de medo e susto não serão encontrados e o suspense algumas vezes fica por conta da trilha sonora, antiquada e um tanto retumbante. Também não posso deixar de citar os atores Max Von Sydon (Dr. Jeremiah Naehring) e Ben Kingsley (Dr. John Crawley) que com ótimas atuações fazem os dois médicos vilões do filme.

 
A dramaticidade e escuridão das cenas são as maiores responsáveis pelo suspense do filme, fazendo você ficar sem piscar diante da tela com medo de perder algum detalhe. Outro fator que ajuda muito é a natureza. A força do mar, do vento e da chuva tem o papel principal e dão o toque essencial para a temerosidade dos fatos. A história é intrigante e te prende até o fim, o que é bom, já que é um filme de pouca ação em que você tem que prestar atenção aos diálogos e cenas para não se perder.

 Esse foi considerado o filme mais ousado de Scorsese, e acredito que seja mesmo. O diretor abusa nos efeitos de câmera, da natureza e sonoplastia, inclusive lembrando muito o estilo de Alfred Hitchcock.  Durante o filme a história vai mudando, quando você pensa que entendeu tudo, na verdade não era nada daquilo, isso acontece principalmente com a ajuda de Scorsese que coloca pistas falsas, com o intuito de enganar o espectador, conseguindo assim o desfecho inusitado para a história.

 
Eu super indico A Ilha do medo, principalmente para aqueles que não gostam de sentir medo ou tomar susto no cinema. É um suspense inteligente com uma história interessante, com um ótimo elenco, belas fotografias e ... SUSPENSE! Dá uma olhada no trailer abaixo para aumentar a vontade de assistir.


Receita adicionada por Cozinheira Nata

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