quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Ilusionista

O Ilusionista é um filme que divide opiniões, tem gente que ama e venera e tem gente que odeia e não suporta.
Sou suspeita para falar desse filme porque faço parte do time que gosta, se ficar na frente da TV, mudando de canal aleatoriamente tentando achar algo para passar o tempo e ele estiver na programação certamente vou assistir, não importa se já vi umas mil vezes.  
O filme conta a história de Eisenheim (Edward Norton), um famoso ilusionista que chega a Viena para apresentar seu show, porém sua performance atrai a atenção do Príncipe Leopold (Rufus Sewell), um homem muito poderoso que duvida de suas habilidades e o considera um grande charlatão.Disposto a tudo para transformar a carreira de Eisenheim em um grande fiasco o príncipe encarrega Uhl (Paul Giamatti), o inspetor de polícia a tarefa de descobrir como os truques são realizados. As coisas complicam-se ainda mais quando o ilusionista encontra Sophie (Jessica Biel), a noiva de Leopold e se apaixona por ela.
O roteiro teve sua história baseada no conto Eisenheim, o Ilusionista,do escritor  Steven Millhauser que possui em seu currículo um prêmio Pulitzer de ficção por um de seus romances.Porém achei  que Neil Burger, que além de roteirista também é o diretor da  produção, poderia ter explorado mais alguns pontos.Não acho que ele tenha comprometido demais a história e quanto a adaptação não posso opinar pois não li o livro, mais acredito que ele poderia ter dado ao filme um formato um pouco mais dinâmico, a proposta inicial é muito boa, mas se perde um pouco no decorrer da trama.
A atuação de Edward Norton é boa, costumo gostar do trabalho dele e dessa vez ele não decepcionou e ficou dentro do esperado. Paul Giamatti também fez um bom trabalho, fez com que um papel que tinha tudo para ser chato e enfadonho roube as atenções e se torne uma grata surpresa.O problema no quesito atuação ficou mesmo com Rufus Sewell .

Rufus Sewell não me convenceu nem um pouco no papel de Leopold, ele não consegue carregar o peso do personagem. Por se tratar de um príncipe poderoso, com caráter questionável e disposto a tudo para realizar seus desejos esperava muito mais da atuação dele, esperava maior complexidade e ele acabou deixando o personagem meio sem sal, na minha humilde opinião.


A atuação de Jessica Biel também é fraquinha, não chega a ser horrorosa, péssima ou coisa do tipo mais não rola uma química muito grande entre sua personagem e Eisenheim, você fica esperando uma paixão avassaladora e a atuação não permite que a coisa chegue nesse nível, infelizmente.


Quanto a fotografia preciso dizer que merece um parágrafo só para ela, afinal nesse filme ela foi essencial. As imagens são lindas, em cada cena você percebe que houve um cuidado, uma preparação. Mais uma vez sou suspeita, reparo demais na fotografia dos filmes e tenho certa tendência a gostar dos que retratam certas épocas, porém pode acreditar, a fotografia ficou muito boa, prova disso é a indicação que o filme recebeu para concorrer ao Oscar nessa categoria.
Os efeitos especiais também ficaram bons e o figurino não deixa a desejar.

O filme não é a maior produção cinematográfica de todos os tempos, também não serve para que ao assistir você alcance níveis estratosféricos de cultura e conhecimento, o papel dele é gerar entretenimento, diversão e só. Para gostar é preciso se deixar levar, ser ingênuo por alguns segundos e cair no truque, se ficar tentando achar lógica em tudo perde a graça.

Esse é para curtir com pipoca e refri bem gelado no conforto do lar. Sem frescura!  E está passando direto em um monte de canais, desde Telecine até TNT, não precisa nem procurar na locadora ou fazer download!

Ficou interessado? Confira o trailer.


Receita adicionada por Chef.

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