Semana passada, enquanto eu montava o post sobre as estréias do dia 12 de Agosto me interessei muito pelo filme “A árvore da vida” (The Tree of Life), principalmente por ter Brad Pitt e Sean Penn, dois excelentes atores de filmes geralmente muito bons.
Na sinopse diz apenas que o filme se passa nos anos 50 e mostra a família O’Brien. Jack, o filho mais velho está vivendo uma infância feliz e inocente, porém tudo muda com a morte do irmão e ele se transforma em um adulto perdido no mundo moderno e em busca pelo sentido da vida. Sinceramente, não foi isso que vi.
Além de eu ter achado a história interessante e ter os dois atores já citados, o que me fez também ir ao cinema foi a crítica excelente do filme. O Bonequinho do artigo do Jornal O Globo (O Bonequinho viu...) aquele de palito que pode estar dormindo, aplaudindo, indo embora, então esse bonequinho maldito estava APLAUDINDO DE PÉ... eu devia ter ouvido o meu sexto sentido que disse que se o bonequinho gostou, eu com certeza não iria gostar... porque eu não ouvi minha intuição?!?!?
Foram os 138 minutos mais longos de toda a minha. Detalhe que o filme só estava em cartaz na Zona Sul e na Barra, fui eu então até o Shopping da Gávea para perder meu tempo. Desculpe aqueles que curtem filmes cabeças, com temáticas subjetivas, que mostram uma coisa e querem dizer outra e que você precisa pensar (às vezes muito) para entender o que o roteirista quis dizer; eu não sou fã desse estilo de filme, mas dependendo da história, eu até curto... mas o que é a Árvore da Vida?
Na ficha técnica diz que é drama... só se for porque você chora ao lembrar que pagou para ver!! Filme cult? Só se for porque se passa nos anos 50. Inteligente? Na boa, nem Einstein!!! Gente, o filme é muito ruim, muito mesmo, daqueles que não indico nem para meu pior inimigo!!!
Para vocês terem uma idéia, 1 hora do filme tem história, com diálogos, cenas com lógica e um enredo mostrando o Brad Pitt como um homem opressor, que trata os filhos com muita rigidez e casado com uma mulher omissa. É durante essa parte do filme que podemos ver o talento do ator mirim Hunter McCracken que faz o Jack quando criança. Em um filme com poucas falas o menino demonstra um talento enorme passando alegrias, dor, sofrimento e qualquer outro sentimento apenas com expressos facias e físicas, algo muito difícil principalmente para crianças.
Aqueles que vão assistir apenas por serem fãs de Brad Pitt, vão perceber que o ator continua excelente em sua atuação e claro, lindo até mesmo fazendo um homem maduro e sério. Já os que vão pelo Sean Penn, terão uma decepção total! Não que o ator esteja atuando mal, mas a participação dele é tão curta que não dá nem para perceber, se ele tem 5 falas é muito, não entendi porque ele aceitou esse papel.
Como citei anteriormente, 60 minutos do filme tem lógica, mas e os outros 78 minutos? Nesses você verá, muitas imagens, efeitos especiais e filmagens com câmeras micro-ópticas que captam todos os detalhes dos movimentos. Sim, porque acredito eu que o que o diretor Terrence Malick quis mostrar é a evolução da vida começando com o Big Bang, passando pela vida marinha (você pode ver, peixes nadando nessa parte do filme), chegando aos dinossauros (siiiimmm, tem dinossauros no filme!!!), depois uns 15 minutos vendo um óvulo ser fecundado até a vida humana (são pelo menos 3 minutos de filme vendo o pequeno Jack aprendendo a andar. A partir daí (depois de 60 minutos) o filme entra em um enredo e quando você pensa “pronto, agora vou saber quem morreu e porque morreu”... nãoooooo, simplesmente terá mais uma cena muito louca numa praia com o Sean Penn adulto e criança e pronto... acabou o filme!!! Pode parecer spoiler, mas não, um filme sem história como esse, na minha opinião, não tem nem como ter spoiler!!!
Amigos, desculpa minha indignação, mas não compreendo como alguém pode criar esse filme, gravar e divulgar... pior ainda, contratar excelentes atores com o intuito de enganar o telespectador e lotar um cinema (foi o caso de domingo, na sessão em que eu estava!) e deixar a todos indignados e irritados por terem gasto tempo e dinheiro. É por isso, meu caro leitor, que te digo, não perca seu tempo, não assista nem de graça! Não se engane com o fato do filme ter ganho o Palma e Ouro em Cannes, o filme não é bom e você, mero mortal como eu, não vai gostar!!! E o que dá mais raiva é saber que provavelmente a Academia do Oscar pode sim dar o prêmio para ele, afinal, o critério que eles usam deve ser o da loucura e insanidade. Para não dizer que não merece de jeito nenhum um prêmio, tenho que concordar que melhor fotografia seria merecido, pois realmente as imagens dos 60 minutos iniciais são lindas.
Essa é a minha "não indicação" da semana, mas se ainda assim resolver assistir, pelo menos não vá dizer que eu não avisei....
Receita adicionada por Cozinheira Nata
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