Numa fase de inúmeras desilusões, eis que se levanta aquele que viria a se tornar o maior herói brasileiro de todos os tempos. Um ídolo daqueles que fazem você ter a esperança de que dias melhores estão por vir. Um ícone de força, superação e estratégia, que coloca o bem estar da população antes mesmo do seu.
Assim, a minha indicação da semana é o recorde de público na história do cinema dentre as produções tupiniquins com mais de 11 milhões de espectadores, o polêmico Tropa de Elite 2: O inimigo agora é outro.
A continuação do sucesso lançado em 2007 pelo diretor José Padilha tem uma passagem de tempo de algo em torno de 14 anos e com ênfase nos políticos corruptos e na formação das milícias no Rio de Janeiro mostra como o agora Coronel Nascimento enfrentará o outro lado do tráfico que nem ele mesmo acreditava que pudesse existir. Em suas épocas de morro, ele subia de fuzil e roupa preta, agora usa terno e sua arma é uma caneta. Mas uma coisa não muda “missão dada, parceiro, é missão cumprida”.
O filme começa retratando os dias atuais do Rio de Janeiro com um Nascimento mais velho e completamente abatido saindo de um hospital, sendo perseguido e atacado por um carro repleto de bandidos, deixando o veiculo de nosso herói mais furado que um queijo suíço. Será chegou ao fim o legado de Nascimento???
Corte para uma abertura com um mix de cenas do primeiro filme muito bem elaborado e a produção começa contando como é que tudo começou para se chegar na sequência inicial e mostra como começou a rebelião do complexo de Bangu I tendo a figura do bandido Beirada (Seu Jorge) como cabeça da bandidagem. Após muito sangue e vinganças cumpridas, o bandidão resolve negociar o fim da rebelião, mas exige que só terá negociação quando o professor e ativista dos direito humanos Fraga (Irandhir Santos) chegar. Pois bem, quando o avatar do deputado Marcelo Freixo chega (o personagem Fraga é inspirado na vida do deputado em questão) e a rebelião esta prestes a acabar, o agora Capitão Mathias (André Ramiro) liderando a equipe de campo na invasão do complexo e totalmente diferente do bobão que conhecemos no filme anterior acaba descumprindo uma ordem direta do Governador Gelino (Julio Adrião) que lhe foi repassada por Nascimento e encerra a rebelião deixando uma “azeitona” no meio da testa de Beirada.
Esse é o ponto de partida para uma série de encontros e desencontros do filme e que levam o Coronel Nascimento a se tornar subsecretário de segurança pública e o Capitão Mathias a expulso do BOPE e indo parar em seu antigo quartel que é comandado pelo ex-02, o agora Comandante Fábio (Milhem Cortaz).
Lembram que nesse mesmo quartel tinha um sargento que ninguém sabia o nome, mas que ficou conhecido pela frase “pra você rir, tem que fazer rir”? Pois bem, ele agora tem nome, subiu de patente e tem papel de destaque no filme. Se trata do Capitão Rocha (Sandro Rocha) que em conjunto com o apresentador e deputado Fortunato (André Mattos) montam e desenvolvem toda a estrutura da milícia carioca, mostrando toda a integração entre políticos, policiais e ex-policiais corruptos que vem a ser o carro chefe do filme.
Agora paro por aqui, pois falar mais do que isso seria sacanagem com quem ainda não viu o filme, mas podem ter certeza que tudo o que falei aqui não representa praticamente nada dentro dos 116 minutos desse ótimo filme que não teve participação ativa nas premiações internacionais, mas recebeu 17 indicações e ganhou em 9 delas no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011.
Além de ter se tornado o filme nacional com maior número de espectadores em todos os tempos ultrapassando os 11 milhões de pessoas, o filme ainda conta com uma série de curiosidades como a citação de vários eventos reais as sociedade carioca e algumas participações especiais que passam quase que despercebidas como as do cantor Dudu Nobre (que eu sinceramente ainda não encontrei, mas falaram que tem.kkkkk) e de Rodrigo Pimentel (ex-capitão do BOPE e inspiração do personagem do filme) na cena em que Nascimento é aplaudido de pé dentro de um restaurante (ele fica bem destacado no lado direito da tela, quando Nascimento é reconhecido).
Com Wagner Moura um degrau acima de todos os outros nos dois filmes, tenho que destacar as excelentes atuações de André Mattos, Irandhir Santos e principalmente para Milhem Cortaz que com os bordões “tá de pombagirice” ou “quer me fuder me beija” marcou o lado comédia da história. Em contrapartida as atuações de André Ramiro e Pedro Van-Held que interpreta o filho de Nascimento são sofríveis de se assistir, com o primeiro se salvando em pouquíssimos momentos.
Assistam ao trailer abaixo e vocês podem ter um gostinho de tudo que falei e muito mais.
Contudo, dessa vez todos demos sorte e encontrei o vídeo na integra disponível. Assim, se tiverem tempo e interesse para assistir o filme completo agora mesmo, é só clicar aqui embaixo e aproveitar.
Receita adicionada por Gourmet.
Bom... esse filme dá gosto de comentar, primeiramente pelo alto nível que a qualidade do cinema brasileiro está chegando, sem contar é claro que o filme em si, é espetacular, roteiro, fotografia, efeitos, é realmente de alto nível, a estória. é simplesmente a pura verdade e realidade do que vivemos (os Cariocas)em nosso dia-a-dia, é com muito gosto que digo que Tropa de Elite 1 e 2 foi até hoje é o melhor filme nacional que retrata uma realidade atual, e não é a toa que vem ganhando prêmio até hoje.
ResponderExcluirE o elenco de primeiríssima qualidade escolhido fez toda a diferença para seu sucesso. Definitivamente Padilha foi muito feliz com esses filme e esperamos que prossiga assim.
Agora para não perder o fio da meada,sobre o filme vem uma pequena crítica de uma cena.
Quando Mathias morre após dar as costas para o Capitão Rocha, isso na realidade nunca aconteceria, não depois do que Mathias fez, mas não vou falar senão conto o filme.
Bem fica a indicação para esse excelente filme
Até breve
Maximiliano Paz
Sem dúvida alguma a melhor produção brasileira feita atualmente e não deve em absolutamente nada a mega produções gringas. Ao contrário são poucos os filmes com continuidade do mesmo nível ou superior. No 1º filme temos algumas frases que formaram bordões do nosso cotidiano, deixando um ar mais engraçado. Esse não, o 2º faz vc se questionar de diversas maneiras. Creio q o José Padilha não dará seguência tão cedo a frânquia, pois mexeu com muita coisa e obviamente com muita gente q se viu retratada nas telas de todo país. Mesmo os fatos sendo "fictícios" e "qualquer semelhança é mera coincidência" ele apedrejou o telhado de muitos picaretas com anel de doutor.
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