Sete Vidas

          No meu último post havia comentado que estava meio dramática para filmes, que todas as minhas escolhas cinematográficas ultimamente tem seguido este tema. Entre vários filmes neste estilo um que me chamou bastante atenção foi Sete Vidas (Seven Pounds).

          Não consigo acreditar que ainda não havia assistido. Depois de ler milhões de críticas positivas e ter ele aqui em casa há bastante tempo, apenas na ultima semana resolvi que era hora de dar uma chance e desencalhar o coitado que já estava a muito tempo esperando.

         
          O que dizer de Sete Vidas? Bom, posso dizer que são 118 minutos maravilhosos.

          O filme entrou para minha lista de favoritos na hora, sem duvida alguma esse é um dos filmes mais emocionantes que vi nos últimos tempos. O início é meio confuso, porém assim que passam os primeiros quinze minutos, a trama começa a ganhar uma forma mais definida e conquista de vez.

          Não sei quanto a vocês, mais eu odeio filmes extremamente óbvios, do tipo que em pouco tempo você já desvendou toda a trama. Acho uma delícia ficar tentando encaixar as peças do quebra-cabeça e acabar por errar tudo. É muito mais interessante e gostoso de assistir. Sete Vidas é assim, imprevisível, intrigante e se você assim como eu gosta de filmes neste estilo pode assistir esse que eu garanto, não decepciona.

          Aliás, não decepciona em absolutamente nada. O filme conta a história de Ben Thomas (Will Smith), um homem solitário que vive um grande conflito interno e possui um passado conturbado, cercado de mistérios.  Dessa vez sem mais comentários senão estraga, o suspense é necessário e nesse filme veio na dose certa.

          A direção ficou por conta de Gabriele Muccino, responsável também pela direção do aclamado A Procura da Felicidade, ou seja, precisa de mais apresentações? Acho que não! É mais uma grande parceria entre Muccino e Smith. O roteiro é bom embora tenha exagerado um pouco na dose de clichês. A fotografia é lindíssima, muito bem feita.

          A atuação de Will Smith está impecável, ele deu um show em cada cena, não consigo apontar nenhuma falha, mais uma vez ele consolida seu talento. Porém boas atuações vindas de Smith são mais que esperadas e tirando coisas sem explicação como Hancock e As Loucas Aventuras de James West (Wild Wild West) na maioria das vezes ele encanta a todos, mas a atuação que me cativou e quase (eu disse quase!) me arrancou lágrimas foi a de Rosario Dawson no papel de Emily Posa.

          Impressionante o talento dessa atriz, é inacreditável que ele seja tão pouco explorado pelos diretores, os poucos filmes que assisti contavam com a participação dela no elenco, seus papeis foram tão pouco expressivos que eu não consigo citar nenhum.

          Em Sete Vidas acredito que finalmente ela pode mostrar seu potencial, sua atuação é comovente, um verdadeiro presente para quem assiste, sua voz é gostosa de ouvir e ela é uma daquelas poucas atrizes que conseguem transmitir emoção intensa com poucos gestos, apenas com o olhar.

          O filme não teve indicações para as principais premiações, acredito que isto tenha acontecido porque o filme foi classificado como um “caçador de oscar”. Em minha humilde opinião coloco a culpa no roteiro, acho que Grant Nieporte erra na mão em vários pontos, um deles como citei acima é o excesso de clichês emotivos, o excesso de drama e a busca constante por levar o telespectador as lágrimas.

          Pequenos erros a parte, é um excelente filme e se você for um pouco emotivo e ficou interessado em assistir após ler este texto sugiro que prepare os lenços! Assista ao trailer abaixo para conferir.

Receita adicionada por Chef.