Para aqueles que gostam de filmes de terror e suspense, não há duvidas, as histórias contadas pelos orientais dão 10 vezes mais medo e sustos do que as versões hollywoodianas. Quem já assistiu ao filme tailandês “Espíritos” (Shutter), sabe bem o que estou falando.
Mas se você for com essa visão assistir ao filme “Atividade Paranormal em Tóquio” (Paranormal Activity: Tokyo Night), então assim como eu, você terminará extremamente desapontado. O filme é o oposto, ficando muito atrás da versão americana “Atividade Paranormal” (Paranormal Activity) escrito e dirigido por Oren Peli e apadrinhado por ninguém mais, ninguém menos que Steven Spielberg. A idéia é a mesma, pessoas filmando suas casas onde estão ocorrendo acontecimentos estranhos como portas abrindo e batendo sozinhas, objetos quebrando e se movendo, ruídos desconhecidos e etc.
No começo, o filme americano foi vendido como realidade, mas logo essa versão foi desmentida, principalmente pelo final que deixa abertura para a continuação (que já foi lançada). Mas foi uma boa jogada de marketing, que atraiu muitos espectadores ao cinema e gerou uma ótima propaganda boca-a-boca. Para os desavisados, pode realmente parecer real, com o filme sem créditos, com filmagem de câmera na mão do personagem (em que só se vê o que o aparelho capturou) e atores desconhecidos (inclusive os nomes dos personagens são os mesmos dos atores: Katie e Micah)
Embora o diretor da versão japonesa, Toshikazu Nagae, diga que o seu filme seja apenas baseado no americano e que não é a terceira seqüência (o filme foi gravado em paralelo com o segundo), ele faz uma ligação com os acontecimentos do original, com moldes replicados, tentando atingir o mesmo potencial; o que não conseguiu. O filme é fraco nos sustos e nos acontecimentos, chegando a repetir algumas seqüências da versão americana, tornando – o óbvio, parado e até mesmo um pouco cansativo. Enfim, não dá medo nenhum.
Pelo menos essa história tem um amparo, o lado cultural: a figura do espírito negativo tem raízes na crença budista, religião comum no Japão, e os personagens (dois irmãos) tem uma propensão natural a acreditar no tema e enfrentá-lo. Quando os primeiros sinais se manifestam, eles buscam pela explicação mais lógica e desde o princípio tomam a situação pelo que ela é, ao contrario das versões americanas em que os personagens não acreditam e brincam com a situação até perceberem que o problema já está bem sério.
Em relação ao vendido como seqüência, “Atividade Paranormal 2” (Paranormal Activity 2), dirigido por Tod Williams, é mantida a fórmula do original, com poucos efeitos especiais e tensão gerada a partir do silêncio e da escuridão. Embora possua uma história melhor desenvolvida, inclusive explicando o primeiro filme e o motivo das atividades estarem acontecendo, a primeira versão é melhor nos quesitos suspense, medo e susto.
O terceiro filme (da seqüência americana), com roteiro de Christopher B. Landon (Paranóia) começa a virar realidade. A Paramount Pictures já anunciou como diretores para a nova produção os desconhecidos, Henry Joost e Ariel Schulman e tem lançamento previsto para 21 de Outubro. Dessa vez a história contará a história de uma família atormentada por fenômenos sobrenaturais nos anos 80. Será que se tratará da história da avó das irmãs dos anteriores da série Katie e Kristi? É esperar para ver.
Enquanto o terceiro não estréia, que tal verificar o trailer dos outros 3 filmes?
Receita Adicionada por Cozinheira Nata
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